domingo, 12 de junho de 2011

Esquisita?

 "Que ninguém se engane: só se consegue simplicidade com muito esforço."

Há quem a denomine como louca, esquisita ou que sua poesia é muito sentimental. À esses pobres mortais, ofereço apenas meu incalculável desprezo, pois seria profundo despeito e irracionalidade não reconhecer a maestria singular de Clarice Lispector. Qual indivíduo neste mundo nunca ouviu esse nome? Belíssima e  encantadora, Clarice possuía a capacidade de escrever a alma humana no papel. Nascida na Ucrânia, veio ainda bebezita para nossas terras tupiniquins, portanto foi naturalizada brasileira. Sempre que era questionada sobre sua nacionalidade, Clarice afirmava não ter nenhum tipo de elo com a Ucrânia: "Naquela terra eu literalmente nunca pisei: fui carregada de colo", e que sua verdadeira pátria era o Brasil (hahaha!). Clarice Lispector pertence à Terceira Fase Modernista (ou Pós-Modernismo) e contribuiu no enriquecimento intelectual dessa etapa da nossa literatra brasileira, tendo sua obra encaixada em muitos momentos no Existecialismo. Suas obras rasgaram as barreiras do tempo e proporcionam até hoje as maiores sensações que alguém pode ter em contato com um simples livro. São momentos em que as palavras viram sentimentos e acabam por adentrar a alma da gente, plantando dentro de nós uma semente nunca antes experimentada. Suas metáforas e epifanias enchem de orgulho a literatura de nossa nação. Se estivesse viva, Clarice estaria com 98 anos de idade. Infelizmente, ela faleceu no dia 9 de dezembro de 1977, um dia antes de completar aniversário.  Clarice sempre estará eternizada nas entrelinhas do tempo e em nossos corações.




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