[...]
"Doer, dói sempre. Só não dói depois de morto, porque a vida toda é um doer.
O ruim é quando fica dormente. E também não tem dor que não se acalme – e as mais das vezes se apaga. Aquilo que te mata hoje amanhã estará esquecido, e eu não sei se isso está certo ou errado, porque o certo era lembrar. Então o bom, o feliz se apagar como o ruim, me parece injusto, porque o bom sempre acontece menos e o mau dez vezes mais. O verdadeiro seria que desbotasse o mau e o bom ficasse nas suas cores vivas, chamando alegria.
Pensei que ia contar com raiva no reviver das coisas, mas errei. Dor se gasta. E raiva também, e até ódio. Aliás também se gasta a alegria, eu já não disse?
Embora a gente se renove como todo mundo, tudo no mundo que não se repete jamais – pode parecer que é o mesmo mas são tudo outros, as folhas das plantas, os passarinhos, os peixes, as moscas.
Nada volta mais, nem sequer as ondas do mar voltam; a água é outra em cada onda, a água da maré alta se embebe na areia onde se filtra, e a outra onda que vem é água nova, caída das nuvens da chuva. E as folhas do ano passado amarelaram, se esfarinharam, viraram terra, e estas folhas de hoje também são novas, feitas de uma seiva nova, chupada do chão molhado por chuvas novas. E os passarinhos são outros também, filhos e netos daqueles que faziam ninho e cantavam no ano passado, e assim também os peixes, e os ratos da dispensa, e os pintos... tudo. Sem falar nas moscas, grilos e mosquitos. Tudo.”
Trecho de "Dôra, Doralina" - Raquel de Queiroz
domingo, 11 de setembro de 2011
Pé Quente, Cabeça Fria
Pé quente, cabeça fria, dou-lhe duas
Pé quente, cabeça fria, dou-lhe três
Saia despreocupado
Você pode conquistar o mundo dessa vez
Você pode conquistar o mundo dessa vez
Pé quente, cabeça fria, dou-lhe uma
Pé quente, cabeça fria, dou-lhe duas
Pé quente, cabeça fria, dou-lhe três
Pé quente, cabeça fria, dou-lhe duas
Pé quente, cabeça fria, dou-lhe três
Saia despreocupado
Faça tudo que você queria e nunca fez
Faça tudo que você queria e nunca fez
Pé quente, cabeça fria, numa boa
Pé quente, cabeça fria, na maior
Pé quente, cabeça fria, na total
Pé quente, cabeça fria, na maior
Pé quente, cabeça fria, na total
Saia despreocupado
Mas cuidado porque existe o bem e o mal
Mas cuidado porque existe o bem e o mal
Pé quente, cabeça fria, numa boa
Pé quente, cabeça fria, na maior
Pé quente, cabeça fria, na total
Pé quente, cabeça fria, na maior
Pé quente, cabeça fria, na total
Saia despreocupado
Mas se alguém se fizer de engraçado, meta o pau
- Gilberto Gil
Mas se alguém se fizer de engraçado, meta o pau
- Gilberto Gil
Burguesia - Cazuza
A burguesia fede
A burguesia quer ficar rica
Enquanto houver burguesia
Não vai haver poesia
A burguesia quer ficar rica
Enquanto houver burguesia
Não vai haver poesia
A burguesia não tem charme nem é discreta
Com suas perucas de cabelos de boneca
A burguesia quer ser sócia do Country
A burguesia quer ir a New York fazer compras
Com suas perucas de cabelos de boneca
A burguesia quer ser sócia do Country
A burguesia quer ir a New York fazer compras
Pobre de mim que vim do seio da burguesia
Sou rico mas não sou mesquinho
Eu também cheiro mal
Eu também cheiro mal
Sou rico mas não sou mesquinho
Eu também cheiro mal
Eu também cheiro mal
A burguesia tá acabando com a Barra
Afunda barcos cheios de crianças
E dormem tranquilos
E dormem tranquilos
Afunda barcos cheios de crianças
E dormem tranquilos
E dormem tranquilos
Os guardanapos estão sempre limpos
As empregadas, uniformizadas
São caboclos querendo ser ingleses
São caboclos querendo ser ingleses
As empregadas, uniformizadas
São caboclos querendo ser ingleses
São caboclos querendo ser ingleses
A burguesia fede
A burguesia quer ficar rica
Enquanto houver burguesia
Não vai haver poesia
A burguesia quer ficar rica
Enquanto houver burguesia
Não vai haver poesia
A burguesia não repara na dor
Da vendedora de chicletes
A burguesia só olha pra si
A burguesia só olha pra si
A burguesia é a direita, é a guerra
Da vendedora de chicletes
A burguesia só olha pra si
A burguesia só olha pra si
A burguesia é a direita, é a guerra
A burguesia fede
A burguesia quer ficar rica
Enquanto houver burguesia
Não vai haver poesia
A burguesia quer ficar rica
Enquanto houver burguesia
Não vai haver poesia
As pessoas vão ver que estão sendo roubadas
Vai haver uma revolução
Ao contrário da de 64
O Brasil é medroso
Vamos pegar o dinheiro roubado da burguesia
Vamos pra rua
Vamos pra rua
Vamos pra rua
Vamos pra rua
Pra rua, pra rua
Vai haver uma revolução
Ao contrário da de 64
O Brasil é medroso
Vamos pegar o dinheiro roubado da burguesia
Vamos pra rua
Vamos pra rua
Vamos pra rua
Vamos pra rua
Pra rua, pra rua
Vamos acabar com a burguesia
Vamos dinamitar a burguesia
Vamos pôr a burguesia na cadeia
Numa fazenda de trabalhos forçados
Eu sou burguês, mas eu sou artista
Estou do lado do povo, do povo
Vamos dinamitar a burguesia
Vamos pôr a burguesia na cadeia
Numa fazenda de trabalhos forçados
Eu sou burguês, mas eu sou artista
Estou do lado do povo, do povo
A burguesia fede - fede, fede, fede
A burguesia quer ficar rica
Enquanto houver burguesia
Não vai haver poesia
A burguesia quer ficar rica
Enquanto houver burguesia
Não vai haver poesia
Porcos num chiqueiro
São mais dignos que um burguês
Mas também existe o bom burguês
Que vive do seu trabalho honestamente
Mas este quer construir um país
E não abandoná-lo com uma pasta de dólares
O bom burguês é como o operário
É o médico que cobra menos pra quem não tem
E se interessa por seu povo
Em seres humanos vivendo como bichos
Tentando te enforcar na janela do carro
No sinal, no sinal
No sinal, no sinal
São mais dignos que um burguês
Mas também existe o bom burguês
Que vive do seu trabalho honestamente
Mas este quer construir um país
E não abandoná-lo com uma pasta de dólares
O bom burguês é como o operário
É o médico que cobra menos pra quem não tem
E se interessa por seu povo
Em seres humanos vivendo como bichos
Tentando te enforcar na janela do carro
No sinal, no sinal
No sinal, no sinal
A burguesia fede
A burguesia quer ficar rica
Enquanto houver burguesia
Não vai haver poesia
A burguesia quer ficar rica
Enquanto houver burguesia
Não vai haver poesia
quarta-feira, 7 de setembro de 2011
Um simples abraço
Às vezes a vida nós deixa feridas bem parecidas com aquelas que tínhamos nos tempos de infância. A diferença é que quando a gente cresce, as feridas são bem mais complexas do que um joelho esfolado; as marcas não ficam explícitas na pele. Crescer é um pouco penoso. Você tem que amadurecer, de um jeito ou de outro. Quando criança, um abraço de nossos pais pode resolver qualquer parada. Quando crescemos, vemos que um singelo abraço não cura quase nada, mas pode fazer a vida de qualquer valer mais a pena.
segunda-feira, 5 de setembro de 2011
Eu quero alguém - Cazuza
Eu quero alguém
Na areia da praia
Eu quero alguém
Que use calça ou saia
Quero alguém
É melhor que nada
Quero alguém
Pra ter do meu lado
Na areia da praia
Eu quero alguém
Que use calça ou saia
Quero alguém
É melhor que nada
Quero alguém
Pra ter do meu lado
Pessoa rica
Pessoa pobre
Pessoa que ouve
Pessoa surda
Fria, bonita
Suja, cheirosa
Pessoa pobre
Pessoa que ouve
Pessoa surda
Fria, bonita
Suja, cheirosa
Estou tão só
Meus pais não me conhecem
Meus amigos são chatos
Meu cachorro não me lambe
Mas eu quero alguém
Quero alguém
Meus pais não me conhecem
Meus amigos são chatos
Meu cachorro não me lambe
Mas eu quero alguém
Quero alguém
Eu quero alguém
Que me dê um cigarro
Quero alguém
Que puxe o meu saco
Quero alguém
Pra ir no cinema
Quero alguém
Não sou exigente
Que me dê um cigarro
Quero alguém
Que puxe o meu saco
Quero alguém
Pra ir no cinema
Quero alguém
Não sou exigente
Quero alguém
Que seja gentil
Quero alguém
Que pareça com gente
Quero alguém
Na hora do jantar
Quero alguém
No Shopping da Barra
Que seja gentil
Quero alguém
Que pareça com gente
Quero alguém
Na hora do jantar
Quero alguém
No Shopping da Barra
Pessoa jovem
Pessoa velha
Pessoa estranha
Pessoa santa
Diabólica, matemática
Emocionada, despreparada
Pessoa velha
Pessoa estranha
Pessoa santa
Diabólica, matemática
Emocionada, despreparada
Estou tão só
Meus pais não me conhecem
Meus amigos são chatos
Meu cachorro não me lambe
Mas eu quero alguém
Quero alguém
Meus pais não me conhecem
Meus amigos são chatos
Meu cachorro não me lambe
Mas eu quero alguém
Quero alguém
Eu quero alguém
Eu quero alguém
Eu quero alguém
Eu quero alguém
Eu quero alguém
segunda-feira, 29 de agosto de 2011
Natural Luz
Entre as nuvens um ponto laranja
Singular e belo
Como o canto de um cantador
Que alcança na nota mais densa e cortante
A alma sedenta
Que o observa cantar
Singular e belo
Como o canto de um cantador
Que alcança na nota mais densa e cortante
A alma sedenta
Que o observa cantar
Ilumina.Ilumina.
Ilumina a Sexta-feira que marca
O encontro do casal apaixonado.
Os tons de verde-cerrado
Que hospedam o Ipê Amarelo
E os frutos novos
Esperando madurar
O encontro do casal apaixonado.
Os tons de verde-cerrado
Que hospedam o Ipê Amarelo
E os frutos novos
Esperando madurar
Ilumina mangueira, goiabeira,
Ilumina.
Ilumina.
Ilumina as borboletas
Da Avenida das Palmeiras
Natural luz
Da Avenida das Palmeiras
Natural luz
Clarão.
Composição: Ellen Oléria
domingo, 28 de agosto de 2011
Pedaço de mim
Oh, pedaço de mim
Oh, metade afastada de mim
Leva o teu olhar
Que a saudade é o pior tormento
É pior do que o esquecimento
É pior do que se entrevar
Oh, pedaço de mim
Oh, metade exilada de mim
Leva os teus sinais
Que a saudade dói como um barco
Que aos poucos descreve um arco
E evita atracar no cais
Oh, metade exilada de mim
Leva os teus sinais
Que a saudade dói como um barco
Que aos poucos descreve um arco
E evita atracar no cais
Oh, pedaço de mim
Oh, metade arrancada de mim
Leva o vulto teu
Que a saudade é o revés de um parto
A saudade é arrumar o quarto
Do filho que já morreu
Oh, metade arrancada de mim
Leva o vulto teu
Que a saudade é o revés de um parto
A saudade é arrumar o quarto
Do filho que já morreu
Oh, pedaço de mim
Oh, metade amputada de mim
Leva o que há de ti
Que a saudade dói latejada
É assim como uma fisgada
No membro que já perdi
Oh, metade amputada de mim
Leva o que há de ti
Que a saudade dói latejada
É assim como uma fisgada
No membro que já perdi
Oh, pedaço de mim
Oh, metade adorada de mim
Leva os olhos meus
Que a saudade é o pior castigo
E eu não quero levar comigo
A mortalha do amor
Adeus
Oh, metade adorada de mim
Leva os olhos meus
Que a saudade é o pior castigo
E eu não quero levar comigo
A mortalha do amor
Adeus
Chico Buarque de Hollanda
Qualquer dia, amigo, a gente vai se encontrar
"Amigo é coisa pra se guardar
Debaixo de sete chaves
Dentro do coração
[...]
Pois seja o que vier, venha o que vier
Qualquer dia, amigo, eu volto a te encontrar
Qualquer dia, amigo, a gente vai se encontrar"
Um pedacinho da minha história foi-me arrancado há um mês.
Meu coração fica pequenininho, ainda batendo dolorido.
A saudade me consome a alma.
Meu coração fica pequenininho, ainda batendo dolorido.
A saudade me consome a alma.
quarta-feira, 24 de agosto de 2011
Tranquila
Tranquila
Levo a vida tranquila
Não tenho medo do mundo
Não vou me preocupar
Tranquila
Levo a vida tranquila
Não tenho medo da morte
Não vou me preocupar
Que passe por mim a doença
Que passe por mim a pobreza
Que passe por mim a maldade, a mentira e a falta de crença
Que passe por mim olho grande
Que passe por mim a má sorte
Que passe por mim a inveja, a discórdia e a ignorância
Tranquila
Levo a vida tranquila
Que me passe
A doença que me passe
A pobreza que me passe
A maldade que me passe
Olho grande que me passe
A má sorte que me passe
A inveja que me passe
A tristeza da guerra
Tranquila
Levo a vida tranquila
Versão de Thalma de Freitas
Levo a vida tranquila
Não tenho medo do mundo
Não vou me preocupar
Tranquila
Levo a vida tranquila
Não tenho medo da morte
Não vou me preocupar
Que passe por mim a doença
Que passe por mim a pobreza
Que passe por mim a maldade, a mentira e a falta de crença
Que passe por mim olho grande
Que passe por mim a má sorte
Que passe por mim a inveja, a discórdia e a ignorância
Tranquila
Levo a vida tranquila
Que me passe
A doença que me passe
A pobreza que me passe
A maldade que me passe
Olho grande que me passe
A má sorte que me passe
A inveja que me passe
A tristeza da guerra
Tranquila
Levo a vida tranquila
Versão de Thalma de Freitas
Coisas que não voltam mais
Lembro-me que quando criança adorava desenhar. Até que eu desenhava bem para uma criança de minha idade. Amava, pois as outras crianças sempre ficavam com os olhos cobiçosos, na verdade elas eram um bando de crianças feias. Feias por dentro. Elas me incomodavam, não sei, mas até hoje as pessoas incomodam-me, algumas são tão horrendas por dentro, que me deixam mal. Pois bem, voltemos aos desenhos...
Acho que perdi o jeito, embora hoje eu ainda tente rabiscar algumas coisas, nada se compara à mágica que eles tinham naquela época. Penso em tudo que eu sabia ou pensava naqueles tempos. Poucas coisas faziam-me felizes. Essa simplicidade continua cá dentro de mim. Sinto falta de tudo que eu lembro. Das tardes com meus irmãos. Do quintal, das árvores, de gente que se foi. Desenhava tudo que via, que sentia. Fazia caricaturas dos professores. Ei, eu era boa mesmo!
Acho que perdi o jeito, embora hoje eu ainda tente rabiscar algumas coisas, nada se compara à mágica que eles tinham naquela época. Penso em tudo que eu sabia ou pensava naqueles tempos. Poucas coisas faziam-me felizes. Essa simplicidade continua cá dentro de mim. Sinto falta de tudo que eu lembro. Das tardes com meus irmãos. Do quintal, das árvores, de gente que se foi. Desenhava tudo que via, que sentia. Fazia caricaturas dos professores. Ei, eu era boa mesmo!
Tinha medo de crescer, pois quando crescemos deixamos de ser bonitinhos e fofinhos. Inevitavelmente, chegou uma época em que os brinquedos não tinham a mesma graça. Guardei-os em caixas, sacolas... Guardei os desenhos também. Hoje, tudo que sobrou foi a poeira das lembranças.
terça-feira, 23 de agosto de 2011
Dueto - Chico Buarque
Eu li num anúncio, eu vi no espelho, tá lá no evangelho, garantem os orixás
Serás o meu amor, serás a minha paz
Consta nos autos, nas bulas, nos dogmas
Eu fiz uma tese, eu li num tratado, está computado nos dados oficiais
Serás o meu amor, serás a minha paz
Eu fiz uma tese, eu li num tratado, está computado nos dados oficiais
Serás o meu amor, serás a minha paz
Mas se a ciência provar o contrário, e se o calendário nos contrariar
Mas se o destino insistir em nos separar
Danem-se os astros, os autos, os signos, os dogmas
Os búzios, as bulas, anúncios, tratados, ciganas, projetos
Profetas, sinopses, espelhos, conselhos
Se dane o evangelho e todos os orixás
Serás o meu amor, serás, amor, a minha paz
Consta na pauta, no Karma, na carne, passou na novela
Está no seguro, pixaram no muro, mandei fazer um cartaz
Serás o meu amor, serás a minha paz
Consta nos mapas, nos lábios, nos lápis
Consta nos Ovnis, no Pravda, na Vodca
Consta nos Ovnis, no Pravda, na Vodca
segunda-feira, 22 de agosto de 2011
Além da Máscara - Pouca Vogal
agora que a terra é redonda
e o centro do universo é outro lugar
é hora de rever os planos
o mundo não é plano, não pára de girar
agora que o tempo é relativo
não há tempo perdido, não há tempo a perder
num piscar de olhos tudo se transforma
tá vendo? já passou!
mas ao mesmo tempo
fica o sentimento
de um mundo sempre igual
igual ao que já era
de onde menos se espera
dali mesmo é que não vem
agora que tudo está exposto
a máscara e o rosto trocam de lugar
tô fora se esse é o caminho
se a vida é um filme, eu não conheço diretor
tô fora, sigo o meu caminho
às vezes tô sozinho, quase sempre tô em paz
visão de raio-x
o x dessa questão
é ver além da máscara
além do que é sabido, além do que é sentido
ver além da máscara
além do que é sabido, além do que é sentido
ver além da máscara
sexta-feira, 19 de agosto de 2011
Precisamos de Irmãos
Eu preciso de canções e amigos
De amor, de flores de abrigo
Numa astronave de papel
Preciso bater um papo com Caetano
Cometas com caudas de pano
Correndo tristes pelo céu
Há flores vagando incertas pelo espaço
São flores de titânio e aço
Que aumentam a cada semana
As flores há muito tempo cultivadas
Por muitos sonhos cultivadas
São russas ou americanas
Preciso fazer um pouco de sucesso
Não posso fumar meu progresso
Dependo de muito cantar
Eu quero a cor azul da aventura
Eu quero alguma coisa pura
Talvez eu não vá encontrar
Sei de sóis e de desertos frios
De mundos pálidos, vazios
De beijos e amores vãos
De estrelas
Caminhos novos vou seguindo
Chorando, dizendo, sorrindo
Que precisamos de irmãos
Que precisamos...
Rita Lee - Composição: Élcio Decário
chuva
c . e . s . v . p
h . o . u . o . r
o . v . a . u . a
v . e . s . f . n
e . n . g . e . ã
. . t . o . c . o
. . o . t . h . m
. . t . a . a . o
. . r . s . r . l
. . a . d . m . h
. . z . e . i . a
. . c . t . n . r
. . o . r . h . m
. . m . i . a . i
. . a . s . s . n
. . c . t . j . h
. . h . e . a . a
. . u . z . n . a
. . v . a . e . l
. . a . . . l . e
. . . . . . a . g
. . . . . . s . r
. . . . . . . . i
. . . . . . . . a
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Escrito por Victor Az
sábado, 13 de agosto de 2011
O Seu Amor
O seu amor
Ame-o e deixe-o livre para amar
Livre para amar
Livre para amar
O seu amor
Ame-o e deixe-o ir aonde quiser
Ir aonde quiser
Ir aonde quiser
O seu amor
Ame-o e deixe-o brincar
Ame-o e deixe-o correr
Ame-o e deixe-o cansar
Ame-o e deixe-o dormir em paz
O seu amor
Ame-o e deixe-o ser o que ele é
Ser o que ele éO Seu Amor - Caetano Veloso
quinta-feira, 11 de agosto de 2011
Transcenda!
Eis a lição primordial que aprendi lendo um livro: "Nunca confie nos espelhos". A beleza exterior pode ser inversamente proporcional à beleza inferior, e vice-versa. Comecemos a "pensar com o coração", esqueça o ultrapassado "olho por olho, dente por dente", reveja aqueles velhos conceitos, tenha mais compaixão, menos arrogância, ame a simplicidade. Desmascare a aparência, transpareça.
Transcenda.
quarta-feira, 10 de agosto de 2011
Além dos Outdoors
Há rádio, cinema e televisão
Mas o sangue só corre nas veias
Por pura falta de opção
As aranhas não tecem suas teias
Por loucura ou por paixão
Se o sangue ainda corre nas veias
É por pura falta de opção
Por loucura ou por paixão
Se o sangue ainda corre nas veias
É por pura falta de opção
No céu, além de nuvens
Há sexo, drogas e talk-shows
Mas coisas mudam de nome
Mas continuam sendo religiões
Há sexo, drogas e talk-shows
Mas coisas mudam de nome
Mas continuam sendo religiões
No dia-a-dia da nossa aldeia
Há infelizes enfartados de informação
As coisas mudam de nome
Mas continuam sendo o que sempre serão
Há infelizes enfartados de informação
As coisas mudam de nome
Mas continuam sendo o que sempre serão
Você sabe,
O que eu quero dizer não tá escrito nos outdoors
Por mais que a gente cante
O silêncio é sempre maior
O que eu quero dizer não tá escrito nos outdoors
Por mais que a gente cante
O silêncio é sempre maior
Você sabe
O que eu quero dizer não tá escrito nos outdoors
Por mais que a gente grite
O silêncio é sempre maior
O que eu quero dizer não tá escrito nos outdoors
Por mais que a gente grite
O silêncio é sempre maior
No ar da nossa aldeia
Há mais do que poluição
Há poucos que já foram
E muitos que nunca serão
Há mais do que poluição
Há poucos que já foram
E muitos que nunca serão
As aranhas não tecem suas teias
Por loucura ou por paixão
Se o sangue ainda corre nas veias
É por pura falta de opção
Por loucura ou por paixão
Se o sangue ainda corre nas veias
É por pura falta de opção
Você sabe,
O que eu quero dizer não tá escrito nos outdoors
Por mais que a gente cante
O silêncio é sempre maior
O que eu quero dizer não tá escrito nos outdoors
Por mais que a gente cante
O silêncio é sempre maior
Você sabe,
O que eu quero dizer não cabe na canção
Por pura falta de opção
Púrpura é a cor do coração, o coração
O que eu quero dizer não cabe na canção
Por pura falta de opção
Púrpura é a cor do coração, o coração
Você sabe,
Nunca foi dito num talk-show
Por mais que a gente cante
O silêncio, o silêncio, o silêncio, o silêncio...
Humberto Gessinger
Nunca foi dito num talk-show
Por mais que a gente cante
O silêncio, o silêncio, o silêncio, o silêncio...
Humberto Gessinger
quarta-feira, 3 de agosto de 2011
Milagres/Miséria
Nossas armas estão na rua
É um milagre
Elas não matam ninguém
A fome está em toda parte
Mas a gente come
Levando a vida na arte
Miséria é miséria em qualquer canto
Riquezas são diferentes
Índio mulato preto branco
Miséria é miséria em qualquer canto
Todos sabem usar os dentes
Riquezas são diferentes
Ninguém sabe falar esperanto
Miséria é miséria em qualquer canto
Riquezas são diferentes
Miséria é miséria em qualquer canto
A morte não causa mais espanto
O sol não causa mais espanto
Miséria é miséria em qualquer canto
Riquezas são diferentes
Cores raças castas crenças
Riquezas são diferentes
As crianças brincam
Com a violência
Nesse cinema sem tela
Que passa na cidade
Que tempo mais vagabundo
Esse agora
Que escolheram pra gente viver?
Composição: Cazuza / Roberto Frejat / Denise Barroso / Arnado Antunes / Paulo Miklos
É um milagre
Elas não matam ninguém
A fome está em toda parte
Mas a gente come
Levando a vida na arte
Miséria é miséria em qualquer canto
Riquezas são diferentes
Índio mulato preto branco
Miséria é miséria em qualquer canto
Todos sabem usar os dentes
Riquezas são diferentes
Ninguém sabe falar esperanto
Miséria é miséria em qualquer canto
Riquezas são diferentes
Miséria é miséria em qualquer canto
A morte não causa mais espanto
O sol não causa mais espanto
Miséria é miséria em qualquer canto
Riquezas são diferentes
Cores raças castas crenças
Riquezas são diferentes
As crianças brincam
Com a violência
Nesse cinema sem tela
Que passa na cidade
Que tempo mais vagabundo
Esse agora
Que escolheram pra gente viver?
Composição: Cazuza / Roberto Frejat / Denise Barroso / Arnado Antunes / Paulo Miklos
Enguiço
Eu, hoje, ando atrás de algo
impressionante
que me mate de susto.
Um impulso, um rompante
que é pra me desviar desse mar de calmante.
Trecho de Enguiço, canção de Adriana Calcanhotto
Mão e Luva
Dias de chuva
Tão triste, tão bom
No espelho um recado de batom de uva
Era o fruto feliz da noite passada
Você foi embora
Acordei e nada
Luva e mão
Mão e luva
Vamos passear de guarda-chuva
Mão e luva
Luva e mão
Nosso encontro parecia perfeição
Vamos voltar o relógio
Fotografar os segredos
Quero você como um credo
Vamos nos dar privilégios
Meu sol
Pingos na calçada
Sou só
Chuva e lágrimas
Vem já
Antes que anoiteça
Tecer
Noites e páginas
Luva e mão
Mão e luva
Vamos passear de guarda-chuva
Mão e luva
Luva e mão
Nosso encontro parecia perfeição
Canção de Pedro Luís
Tão triste, tão bom
No espelho um recado de batom de uva
Era o fruto feliz da noite passada
Você foi embora
Acordei e nada
Luva e mão
Mão e luva
Vamos passear de guarda-chuva
Mão e luva
Luva e mão
Nosso encontro parecia perfeição
Vamos voltar o relógio
Fotografar os segredos
Quero você como um credo
Vamos nos dar privilégios
Meu sol
Pingos na calçada
Sou só
Chuva e lágrimas
Vem já
Antes que anoiteça
Tecer
Noites e páginas
Luva e mão
Mão e luva
Vamos passear de guarda-chuva
Mão e luva
Luva e mão
Nosso encontro parecia perfeição
Canção de Pedro Luís
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