Sentimentos variados, azedos, amargos, negros,
Coloridos e muito doloridos.
Abraços, sorrisos, tristezas.
Tristeza sempre, sorrisos tristes, algo escondido dentro, sabe?
Talvez a tristeza seja normal, a alegria que talvez não seja.
Mas a tristeza do outro, somente a ele pertence.
Normalmente já temos nossos problemas para nos tirar o sono.
Cada dia é uma nova dor, uma nova luta.
A gente pode se acabar a qualquer minuto, sair e não voltar,
Estar aqui e depois não estar mais. Mas o que importa a morte?
Ela é uma passagem, isso eu sei. Passagem para um outro lugar,
Se existir mesmo "Céu" e "Inferno", é para um desses locais que iremos.
Talvez não exista. E talvez exista sim.
Mas isso, assim como a morte, também normalmente não nos importa.
Cada dia a fome nos visita. E o que fazemos?
Comemos.
Comemos tudo que está a nossa volta, tudo que podemos,
Com a avidez própria do ser humano.
Mas nem tudo satisfaz e nem tudo é saudável.
Na verdade, nada satisfaz a tal avidez humana.
E a fome do outro?
Ah, bobagem. Isso também normalmente não nos importa.
Cada dia vemos a dor de perder alguém,
De perder um emprego, de não passar naquele tal vestibular,
De gostar daquela menina que nem sequer te nota.
Cada dia é um novo dia, uma nova porcaria,
Uma nova lei aprovada no Senado, uma nova homofobia,
Uma nova queda, uma nova ascensão, um novos lixo musical,
Uma "nova mesmice", um novo tédio. Dia de dizer sim ou não,
Sem comparações, dia de parar de julgar se há inferno ou não e se você irá para lá.
Cada dia é uma nova tecnologia, um novo celular,
Um novo filme, novos ídolos e percebemos que aquele artista
É muito mais legal como pensávamos, mas se foi cedo demais,
Ou ele vive ainda; mas ninguém o dá o devido prestígio.
Cada dia pecamos. Olhamos para a mulher do próximo,
Desonramos nossos pais, bebemos água na boca garrafa,
Falamos mal da vida alheia,
Falamos mal até de quem vive conosco dentro de casa.
Mentimos e invejamos.
Machucamos até não mais poder.
Afinal, somos humanos.
Cada dia é uma tristeza.
Ela já faz parte da gente, está no âmago das coisas.
Mesmo na felicidade, ela se encontra bem escondida,
Escondidinha, porque não quer se fazer notar.
Fome, morte, vestibular, dor, pecado, Senado, Céu e Inferno.
Na verdade, nada faz um sentido se não temos alguém para compartilhar tudo isso.
Alguém para você chamar de seu. Alguém, simplesmente alguém.
Se não temos esse alguém, tudo passará despercebido, escoará pelos nossos dedos.
Nunca teremos um novo dia. Sempre o mesmo prazer e a mesma angústia.
Sempre a mesma tristeza.
A gente pode se acabar a qualquer minuto, sair e não voltar,
Estar aqui e depois não estar mais. Mas o que importa a morte?
Ela é uma passagem, isso eu sei. Passagem para um outro lugar,
Se existir mesmo "Céu" e "Inferno", é para um desses locais que iremos.
Talvez não exista. E talvez exista sim.
Mas isso, assim como a morte, também normalmente não nos importa.
Cada dia a fome nos visita. E o que fazemos?
Comemos.
Comemos tudo que está a nossa volta, tudo que podemos,
Com a avidez própria do ser humano.
Mas nem tudo satisfaz e nem tudo é saudável.
Na verdade, nada satisfaz a tal avidez humana.
E a fome do outro?
Ah, bobagem. Isso também normalmente não nos importa.
Cada dia vemos a dor de perder alguém,
De perder um emprego, de não passar naquele tal vestibular,
De gostar daquela menina que nem sequer te nota.
Cada dia é um novo dia, uma nova porcaria,
Uma nova lei aprovada no Senado, uma nova homofobia,
Uma nova queda, uma nova ascensão, um novos lixo musical,
Uma "nova mesmice", um novo tédio. Dia de dizer sim ou não,
Sem comparações, dia de parar de julgar se há inferno ou não e se você irá para lá.
Cada dia é uma nova tecnologia, um novo celular,
Um novo filme, novos ídolos e percebemos que aquele artista
É muito mais legal como pensávamos, mas se foi cedo demais,
Ou ele vive ainda; mas ninguém o dá o devido prestígio.
Cada dia pecamos. Olhamos para a mulher do próximo,
Desonramos nossos pais, bebemos água na boca garrafa,
Falamos mal da vida alheia,
Falamos mal até de quem vive conosco dentro de casa.
Mentimos e invejamos.
Machucamos até não mais poder.
Afinal, somos humanos.
Cada dia é uma tristeza.
Ela já faz parte da gente, está no âmago das coisas.
Mesmo na felicidade, ela se encontra bem escondida,
Escondidinha, porque não quer se fazer notar.
Fome, morte, vestibular, dor, pecado, Senado, Céu e Inferno.
Na verdade, nada faz um sentido se não temos alguém para compartilhar tudo isso.
Alguém para você chamar de seu. Alguém, simplesmente alguém.
Se não temos esse alguém, tudo passará despercebido, escoará pelos nossos dedos.
Nunca teremos um novo dia. Sempre o mesmo prazer e a mesma angústia.
Sempre a mesma tristeza.